terça-feira, 24 de outubro de 2023

Os Deuses de Dungeons & Dragons e sua importância

Saudações, guerreiros da Luz.

Este foi um dos últimos pergaminhos escritos nos antigos Salões de Valhalla, e algo que, apesar de considerar importante, não pretendia repassar aqui tão cedo. No entanto, diante da afronta dos Bruxos da Costa em lançar um Tomo Profano de "personagens icônicos" com um "clérigo" que não segue nenhum deus e "barganha favores" com todos os deuses para obter poder, aqui estamos novamente.

Desde o início do AD&D, quando cenários de campanha clássicos começaram a ser concebidos por grandes mentes como Gary Gygax, Ed Greenwood e tantas outras lendas que hoje são tratadas sem o devido respeito, as divindades sempre representaram uma pedra fundamental
extremamente importante. Se moldando o próprio mundo, orientando morais ou criando raças que tiveram um papel decisivo no confronto entre o bem e o mal, os deuses estão em toda parte na história de D&D.

Em Greyhawk, alguns reinos foram moldados pelo dogma de um determinado deus. Em Krynn, é impossível falar sobre a história do mundo sem mencionar o papel crucial das divindades dracônicas. Canonicamente, tudo na vida dos anões gira em torno do exemplo e orientações dados por Moradin, o Pai de Todos. Resumindo, é difícil imaginar D&D sem seus inúmeros deuses e a forma como eles impactam não apenas na vida dos mortais, mas na estrutura do próprio mundo. Mesmo assim, esse é um aspecto do jogo que tem sido cada vez mais deixado de lado por questões ideológicas.

Apesar de jogadores da minha geração estarem bem familiarizados com os panteões de um ou dois cenários clássicos, ou mesmo terem usado esses deuses como base para a criação de seus próprios panteões, percebo em fóruns atuais de RPG diversos tópicos e perguntas feitas pelos mais jovens que mostram total desconhecimento sobre o tema. Em muitos casos, vejo jogadores querendo informações “oficiais”, mas se frustrando porque não as encontram a contento em nenhum livro recente de D&D.

Pensando nisso, compartilho aqui um ótimo compêndio das divindades de D&D, separadas por cosmologia, cenário, raça, etc. Em alguns casos, é possível encontrar informações mais detalhadas sobre certas divindades, mas poder encontrar todas elas em apenas um local é algo que realmente facilita, especialmente porque se você encontra um deus interessante e deseja saber mais sobre ele, pode buscar maiores detalhes em outras fontes. Ao entrar neste PORTAL, os interessados encontrarão não apenas informações importantes como a doutrina, dogma e personalidade dos deuses, mas ordens de seguidores, dias sagrados e detalhes litúrgicos em diferentes graus de complexidade.   

Para mestres, conhecer um pouco mais sobre os deuses do cenário onde se joga é algo bastante interessante, porque pode render excelentes histórias, aliados e inimigos para toda uma campanha. Por isso, recomendo o portal acima tanto aos jovens quanto aos veteranos que jogam D&D e desejam dar mais profundidade a suas histórias e cenários.

2 comentários:

  1. Gronark, o Senhor do "Amor"25 de outubro de 2023 às 11:09

    Os deuses se tornaram completamente obsoletos graças a ideologia progressista criada pelos meus cultistas! As pessoas trocaram a fé no divino pela veneração da própria vontade egoísta que prega que qualquer um pode ser, e fazer, o que quiser. No fim os “novos” clérigos apenas precisam barganhar com qualquer entidade que irão receber poderes, independente de religião. Igual ao que ocorre no novo filme do Exorcista, onde tem gente de todas as crenças, mas o cristão é o único errado. Uma vitória do “amor”, HAHAHAHAHAHA

    Meus servos na mídia estão impulsionando ainda mais a minha cultista “Connie Chang, Aquela Com Muitos Pronomes”! Tudo isso para padronizar o estilo “diverso, seguro, anti-orietalismo e não-colonialista”. Lembrando que é ela é a pessoa que disse que “um hobbit ser fisicamente mais fraco que um ogro é um racismo bio-essencialista inerente pelos conceito colonialista europeu caucasiano, iniciado por Tolkien, que segundo a mídia é o Diabo na Terra”. As agora, as figuras problemáticas do passado de D&D, como Arnerson, Gygax, Salvatore, Greenwwod e outros, serão apagadas substituídas pelos meus servos de “minorias”. O futuro de D&D é lindo! HAHAHAHAHAHAHA

    https://www.youtube.com/watch?v=pX1sh4OriME

    https://www.youtube.com/watch?v=ZNiLdPztEaQ

    https://www.youtube.com/watch?v=N30J-VRDWXU


    (Eu me pergunto quanto tempo as wikis de D&D vão continuar funcionando. Pra mim o problema vai ser quando começarem a alterar as informações delas para só colocarem as novas.

    Sobre loucura de apagarem as raças dos vídeos. O Disparu falou a coisa que resume bem tudo o que eu penso e é a coisa mais certa de todas: “Um leão sempre vai ser mais forte que um cachorro pelo fato de ser um leão, não importa o que os wokes digam”.
    Mas os vídeos falam exatamente o que D&D se tornou, que é um pseudo-teatro onde todo mundo pode ser, e fazer, o que quiser, sem consequências. Coisas como riscos, perigo, consequências e restrições e o conflito entre bem e mal acabaram. A verdade é que o jogo em si morreu. O que restou foi alguns grupos que levam o jogo nas costas e o pessoal consome OSR.

    Uma coisa boa para tentar reverter é fazer uns posts falando sobre as histórias de fantasia que originaram D&D para estimular as pessoas a lerem as obras clássicas. Pra iniciar eu sugiro que você dê uma lida nos livros de Jack Vance, pra ter uma ideia de como é a base do mago de D&D é. Uma coisa boa é que traduziram uma coletânea dos contos do Vance e está a um preço bem acessível.


    https://facilshopping.com.br/livro-contos-de-dying-earth-new-order.html


    Mas antes de gastar o dinheiro na tradução, dá uma olhada nesse em inglês, ao menos os contos "Turjan of Miir" e "Mazirian the Magician", mas eu sei que depois de ler esses tu vai ler todo o resto, hahahaha


    https://epdf.tips/tales-of-the-dying-earth.html


    Faça download do livro em epub, porque se fizer direto por pdf ele fica ruim. Depois usa esse conversor para deixar em pdf para ler.


    https://convertio.co/pt/epub-pdf/

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    1. Tolo demônio, não é a primeira vez que os Senhores do Caos desafiam os deuses. E essa não será a última derrota que vocês sofrerão em sua afronta contra o poder da Verdade. Não importa o que seus lacaios pérfidos como Chang ou Garibay dizem ou fazem. A verdade não mudará e no fim, vocês voltarão para o lugar de onde jamais deveriam ter saído.

      (A investida da WotC nessa agenda é absurdamente agressiva. Mas a maioria da comunidade está contra ela, como mostra o excelente 3o vídeo que você compartilhou aqui. "Um leão sempre será mais forte do que um cachorro", não importa o quanto uma pessoa perversa e desajustada tente distorcer a questão. O que nós teremos de 2024 em diante é uma nova "guerra das edições" em D&D. E da mesma forma que D&D 4 foi repudiado massivamente, One D&D seguirá pelo mesmo caminho, especialmente com as escolhas de direção que estão sendo tomadas. Mas infelizmente, concordo com você. D&D está morto. Há grupos fortes ainda com D&D 3.5 e Pathfinder I, e alguns poucos grupos sérios seguindo com a base de D&D 5e da época em que saíram os romances do "Second Sundering", mas a maioria destes não migrará para One D&D e sua estética anime/Critical Role. O próprio Matthe Mercer já cortou todas as relações com D&D e está investindo pesado no Daggerheart RPG. Em termos de mercado e base de jogadores, D&D está vivendo seus últimos suspiros de sobrevida.

      Agradeço por compartilhar as obras de Jack Vance. Fiquei curioso quando falou sobre isso anteriormente, e assim que o tempo permitir, darei atenção aos livros.

      Em relação às wikis de D&D, a WotC ainda não percebeu o quanto elas interferem com seu esforço de reescrever a história e moral do jogo. Mas quando se derem conta, estou certo de que tentarão encerrá-las.

      Na minha opinião, o que pode ser feito diante de um cenário tão desolador é fortalecer as bases de referências, mantendo-as vivas. Notei que há um movimento em ascensão no meio dessa sujeira toda, conhecido como "Fantasia Cristã e Ficção Cristã, evidenciando obras de fantasia como as de Tolkien, Lewis e Chesterton, e incentivando novos escritores da fantasia a trabalharem nessa temática. Não se trata de histórias bíblicas ou evangelização. Trata-se de trabalhar nas obras valores como responsabilidade, altruísmo, respeito, sacrifício, lealdade, etc. Exatamente como Tolkien fez. Sem dificuldade, muitas obras clássicas de D&D entram perfeitamente nesse padrão, até por que, em última instância, são frutos dele).

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