Tradition shapes what Honor makes"
- Thorek Ironbrow
Saudações, guerreiros da Luz.
Nas últimas
semanas tenho acompanhado, mesmo que não de forma assídua, o mercado
internacional de RPGs, e como todos já esperavam, depois que a WotC matou e conspurcou
seus restos mortais para trazer o jogo de volta como um zumbi pútrido e
colorido chamado de “D&D 2024” as vendas, que já estavam baixas, pioraram
sensivelmente. E como todos os novos jogos que saíram no último ano, incluindo
o sofrível projeto do grupo Critical Role seguem o mesmo modelo nefasto, as consequências
negativas foram sentidas por todos. Nada que não tenha sido avisado.
No entanto, um
fato interessante que notei é que diversos desenvolvedores estão sutilmente
chamando jogadores antigos de volta. Como a Horda do Arco-íris não apresenta
consistência nem desejo real de abraçar o hobby, executivos já começam a temer
que não conseguirão manter seus altos salários no próximo triênio se a situação
não mudar muito, e de forma rápida.
A maior
evidência disso foi que recentemente Dan Ayoub, o novo gestor responsável pela
marca do D&D anunciou com alívio e empolgação a volta de Margarett Weis e
Tracy Hickman (criadores originais de Dragonlance) à casa. Eles estavam
acompanhados inclusive do ator e jogador de D&D Joe Manganiello, que
tecnicamente iria produzir uma nova série live action de Dragonlance, que fora
cancelada, mas agora, aparentemente voltou aos planos da companhia. Quem
desejar ver um pouco sobre o assunto pode fazê-lo entrando nesse PORTAL.
Todo esse
movimento (inovações desesperadas e mal pensadas baseadas na falta de
competência para se continuar com os modelos tradicionais) me lembrou de certa
forma a história dos anões de Warhammer Fantasy, e de uma música muito bem
feita produzida por um fã. No caso dos anões, a diferença é que os Caminhos
Antigos foram perdidos após uma guerra vencida, porém, terrível, que reduziu a
grandeza da raça de forma que jamais conseguiram se recuperar. Com D&D, os Caminhos Antigos foram
simplesmente desprezados e repudiados, e agora, em desespero, os Bruxos da
Costa tentam atrair para o hobby aqueles que mais desprezaram: Os jogadores
verdadeiros que mantiveram a chama de D&D viva durante os momentos mais
difíceis. Outra diferença é que os Novos Caminhos dos anões de Warhammer, ao
contrário dos Novos Caminhos de D&D, não são execráveis e desprezíveis,
apenas inferiores.
Contudo o ponto principal permanece imutável: Os Caminhos Antigos (AD&D e D&D 3 neste contexto) são indiscutivelmente superiores, e jamais deveriam ter sido abandonados. E agora, com a inevitável queda dos “Novos Caminhos”, os tolos que causaram isso clamam pela ajuda dos adeptos do verdadeiro D&D para reverter a situação. Ao menos da minha parte, penso que o melhor que nós podemos fazer é manter a chama viva da forma que nos for possível (jogando edições antigas, relembrando os clássicos...), mas dar aos Bruxos da Costa uma moeda de cobre sequer. Penso que se deixarmos o putrefato zumbi colorido destruir a si próprio, daqui a alguns anos possamos ter uma verdadeira ressurreição do hobby, algo que possa servir de base para a nova geração. Mas por enquanto, permaneçamos nos Caminhos Antigos, como aconselha o sábio Thorek:

Vejo que fez um post ao mesmo tempo em que postei coisas maravilhosas no post anterior! Dê uma olhada e veja as maravilhas que estão sendo preparadas para D&D e a fantasia em geral! Vai chorar lagrimas de sangue com tantas “maravilhas modernas” que revelei! HAHAHAHAHAHAHA
ResponderExcluirThorek não pode fazer nada, já que sua arte está desaparecendo aos poucos já que muitos anões estão escolhendo integrar o clã dos Barbas Frouxas. No fim, os conhecimentos, artes e ofícios que o autointitulado “Lorde das Runas” tentou preservar irá desaparecer para sempre! HAHAHAHAHAHAHA
(O Thorek foi a inspiração para a criação de um personagem do Pedro, o anão “runista” Thurdev Coração de Ferro. Era engraçado porque ele foi o primeiro anão “mago” da mesa. Sendo que meu irmão e o Thiago não queriam um anão mago, mas o Pedro convenceu eles dizendo que queria um personagem estilo os Runesmith do Warhammer e até mostrou uma classe e uns feats que dariam pra simular um. E o personagem realmente não quebrou o arquétipo de anão aventureiro, pelo contrário. Ele explorava antigas ruínas anãs em busca de tomos sobre conhecimento rúnico, de forja, magia, história e artefatos mágicos. Sem falar que até hoje o personagem ainda está no cenário e é talvez o maior artesão magico do continente, se não do mundo de Oerth, porque ele se tornou o maior lorde das runas depois da era dourada dos anões.)
Os Caminhos Antigos jamais perecerão, tolo demônio. Isso porque a Verdade nunca morre. Mas certamente verei as profanações e mentiras que destilou no pergaminho anterior. Elas não ficarão sem resposta!
ExcluirO nobre Thorek é um exemplo de nobreza de caráter e sabedoria que guirá muitos rumo ao Caminho Reto. Não importa o que sua corja abissal de cabelos coloridos faça. O Lorde das Runas jamais cairá!).
(Muito interessante esse personagem do Pedro. Certa vez, também usei Thorek como base para criação de um personagem nesse estilo, mas por não gostar nada da ideia de um anão mago, usei o clérigo como classe base, com alguns pequenos ajustes. Fico feliz que tenha dado certo em seu mundo de campanha. Entendo perfeitamente a relutância do Thiago e seu irmão em inicialmente barrar esse tipo de combinação "pouco ortodoxa". Mas reconheço que um "mago rúnico" anão é um personagem absolutamente formidável).