sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Os Caminhos Antigos de D&D e o fracasso dos Novos Caminhos

"The Old Ways hold when all else breaks

  Tradition shapes what Honor makes"

- Thorek Ironbrow

Saudações, guerreiros da Luz.

Nas últimas semanas tenho acompanhado, mesmo que não de forma assídua, o mercado internacional de RPGs, e como todos já esperavam, depois que a WotC matou e conspurcou seus restos mortais para trazer o jogo de volta como um zumbi pútrido e colorido chamado de “D&D 2024” as vendas, que já estavam baixas, pioraram sensivelmente. E como todos os novos jogos que saíram no último ano, incluindo o sofrível projeto do grupo Critical Role seguem o mesmo modelo nefasto, as consequências negativas foram sentidas por todos. Nada que não tenha sido avisado.

No entanto, um fato interessante que notei é que diversos desenvolvedores estão sutilmente chamando jogadores antigos de volta. Como a Horda do Arco-íris não apresenta consistência nem desejo real de abraçar o hobby, executivos já começam a temer que não conseguirão manter seus altos salários no próximo triênio se a situação não mudar muito, e de forma rápida.

A maior evidência disso foi que recentemente Dan Ayoub, o novo gestor responsável pela marca do D&D anunciou com alívio e empolgação a volta de Margarett Weis e Tracy Hickman (criadores originais de Dragonlance) à casa. Eles estavam acompanhados inclusive do ator e jogador de D&D Joe Manganiello, que tecnicamente iria produzir uma nova série live action de Dragonlance, que fora cancelada, mas agora, aparentemente voltou aos planos da companhia. Quem desejar ver um pouco sobre o assunto pode fazê-lo entrando nesse PORTAL.

Todo esse movimento (inovações desesperadas e mal pensadas baseadas na falta de competência para se continuar com os modelos tradicionais) me lembrou de certa forma a história dos anões de Warhammer Fantasy, e de uma música muito bem feita produzida por um fã. No caso dos anões, a diferença é que os Caminhos Antigos foram perdidos após uma guerra vencida, porém, terrível, que reduziu a grandeza da raça de forma que jamais conseguiram se recuperar.  Com D&D, os Caminhos Antigos foram simplesmente desprezados e repudiados, e agora, em desespero, os Bruxos da Costa tentam atrair para o hobby aqueles que mais desprezaram: Os jogadores verdadeiros que mantiveram a chama de D&D viva durante os momentos mais difíceis. Outra diferença é que os Novos Caminhos dos anões de Warhammer, ao contrário dos Novos Caminhos de D&D, não são execráveis e desprezíveis, apenas inferiores.

Contudo o ponto principal permanece imutável: Os Caminhos Antigos (AD&D e D&D 3 neste contexto) são indiscutivelmente superiores, e jamais deveriam ter sido abandonados. E agora, com a inevitável queda dos “Novos Caminhos”, os tolos que causaram isso clamam pela ajuda dos adeptos do verdadeiro D&D para reverter a situação. Ao menos da minha parte, penso que o melhor que nós podemos fazer é manter a chama viva da forma que nos for possível (jogando edições antigas, relembrando os clássicos...), mas dar aos Bruxos da Costa uma moeda de cobre sequer. Penso que se deixarmos o putrefato zumbi colorido destruir a si próprio, daqui a alguns anos possamos ter uma verdadeira ressurreição do hobby, algo que possa servir de base para a nova geração. Mas por enquanto, permaneçamos nos Caminhos Antigos, como aconselha o sábio Thorek:

9 comentários:

  1. Gronark, o Senhor do "Amor"14 de novembro de 2025 às 12:13

    Vejo que fez um post ao mesmo tempo em que postei coisas maravilhosas no post anterior! Dê uma olhada e veja as maravilhas que estão sendo preparadas para D&D e a fantasia em geral! Vai chorar lagrimas de sangue com tantas “maravilhas modernas” que revelei! HAHAHAHAHAHAHA

    Thorek não pode fazer nada, já que sua arte está desaparecendo aos poucos já que muitos anões estão escolhendo integrar o clã dos Barbas Frouxas. No fim, os conhecimentos, artes e ofícios que o autointitulado “Lorde das Runas” tentou preservar irá desaparecer para sempre! HAHAHAHAHAHAHA

    (O Thorek foi a inspiração para a criação de um personagem do Pedro, o anão “runista” Thurdev Coração de Ferro. Era engraçado porque ele foi o primeiro anão “mago” da mesa. Sendo que meu irmão e o Thiago não queriam um anão mago, mas o Pedro convenceu eles dizendo que queria um personagem estilo os Runesmith do Warhammer e até mostrou uma classe e uns feats que dariam pra simular um. E o personagem realmente não quebrou o arquétipo de anão aventureiro, pelo contrário. Ele explorava antigas ruínas anãs em busca de tomos sobre conhecimento rúnico, de forja, magia, história e artefatos mágicos. Sem falar que até hoje o personagem ainda está no cenário e é talvez o maior artesão magico do continente, se não do mundo de Oerth, porque ele se tornou o maior lorde das runas depois da era dourada dos anões.)

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    1. Os Caminhos Antigos jamais perecerão, tolo demônio. Isso porque a Verdade nunca morre. Mas certamente verei as profanações e mentiras que destilou no pergaminho anterior. Elas não ficarão sem resposta!

      O nobre Thorek é um exemplo de nobreza de caráter e sabedoria que guirá muitos rumo ao Caminho Reto. Não importa o que sua corja abissal de cabelos coloridos faça. O Lorde das Runas jamais cairá!).

      (Muito interessante esse personagem do Pedro. Certa vez, também usei Thorek como base para criação de um personagem nesse estilo, mas por não gostar nada da ideia de um anão mago, usei o clérigo como classe base, com alguns pequenos ajustes. Fico feliz que tenha dado certo em seu mundo de campanha. Entendo perfeitamente a relutância do Thiago e seu irmão em inicialmente barrar esse tipo de combinação "pouco ortodoxa". Mas reconheço que um "mago rúnico" anão é um personagem absolutamente formidável).

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  2. Excelente reflexão, Grande Odin. A falência financeira de D&D é consequência de sua falência moral. Que eles tenham juízo para voltar aos caminhos antigos ou só conquistarão irrelevância. O último material de D&D que tive interesse foi o spelljammer de 2022, depois disso, nunca mais procurei saber ativamente nada da franquia. O tempo passou e continuo aqui falando e jogando RPG sem necessidade da hasbro. Ontem mesmo, tivemos uma partida bem divertida totalmente alheios aos bruxos da costa.

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    1. Levantou pontos muito importantes aqui, sábio amigo. Primeiro, a falência financeira de D&D é de fato consequência direta de sua falência moral. Quanto mais a moral apodrece, mais a marca afunda. Segundo, eles conseguiram realmente a façanha de se tornarem completamente irrelevantes. Grupos jovens que adquiriram D&D 5e em meados de 2014-2020 não estão aderindo ao modelo novo, e nós, que começamos a jogar décadas antes, não preciamos de absolutamente nada que venha da WotC. Os Bruxos tentam alterar a história, apagar o passado e perverter o presente, mas tudo que conseguem é se tornar cada vez mais irrelevantes, com um número cada vez maior de jogadores entendendo que não precisam deles para jogar D&D.

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  3. Gronark, o Senhor do "Amor"24 de novembro de 2025 às 11:19

    Meus servos do Critical Role revelaram sua nova arma contra a fantasia tradicional, a animação do Might Nien! Que apresenta novos heróis “diversos e atuais” como a incrível monja Lionett, que é mais uma feminista empoderada, raivosa e que sempre está certa! Também tem o Fjord, o meio-orc bruxo/paladino que luta contra a masculinidade tóxica. Mas a melhor de todas, que representa tudo que a Wizards e as escritoras de Romantacy mais amam e propagam é a magnífica clériga Jester, que é uma demônia clériga do caos esquizofrênica que usa como armas PIRULITOS gigantes e DILDOS, e que tem como mãe uma demônia prostituta dona que de um bordel cheio de tieflings e minotauros! Sim, minotauros, pois hoje em dia é os boizões são super-populares com as meninas! Esses novos personagens, extremamente carismáticos, farão com que todos esqueçam quem foi Aragorn, Conan, Gotrek e Felix! Uma vitória absoluta do “Amor e Diversidade”, HAHAHAHAHAHAHAHA

    Eu tenho mais novidades DELICIOSAS, caolho! Como a nova série, “moderna”, “inclusiva” e “verdadeira” de Robin Hood! Agora o nosso herói é um ladrão e assassino que é um pagão que odeia cristãos e normandos! Tem tudo de “moderno” e “atual” nessa nova série, como personagens raivosos, mulheres empoderadas, homens incompetentes, cristianismo vilipendiano a todo momento, e muito, mas MUITO “vuco-vuco”! A própria filha do xerife de Nottingham é praticamente uma súcubo que não perdoa nada! Essa série é a definição do “amor” e que fara com que todos se esqueçam do filme do Kevin Costner, HAHAHAHAHA

    O grupo do Robin nessa versão é formado por Will Scarlet, que fica fazendo “vuco-vuco” com as criadas do castelo enquanto ele também é um talarico quer também quer dar uns pegas na Marian (interesse amoroso do Robin). Também tem outros tem 3 membros, uma garota que se identifica como homem, um outro que é um autista com super-sentidos e um outro incompetente cujo o trabalho é entender oque o irmão deficiente fala. Além desses, eu estava quase me esquecendo do membro mais importante do Bando das “Pessoas” Felizes (Não Homens pois a palavra é tóxica), o Pequeno John, que agora é um verdadeiro bretão “nativo” que parece um druida, e que é a única pessoa que vê uma deusa nua além de ouvir vozes que o mandam esfaquear pessoas, sim, vozes na cabeça dele que mandam esfaquear pessoas, sendo que ele matou o próprio pai pois as vozes disseram para ele fazer isso! Vou mostrar uma imagem desse personagem para que você veja o quão “bretão” ele é.

    https://www.instagram.com/p/DQ4XMcODGsU/?img_index=1

    Ele talvez tenha sido inspirado nessa outra pessoa, que também ouvia vozes na cabeça e que “desviveu” essa jovem no metro porque as “vozes mandaram”.

    https://static.toiimg.com/thumb/msid-123756635,imgsize-1223152,width-400,resizemode-4/iryna-zarutska.jpg

    Agora finalmente sabemos como os verdadeiros nativos da Bretanha eram! É muita “inclusão e diversidade”, coisa que nunca teve nas histórias do Hood antes. Nunca houve um guerreiro mouro chamado Azeen interpretado por Morgan Freeman! A história finalmente está sendo corrigida.

    Falando em inclusão, agora a história não tem mais como pano de vilanesco Rei João e heroico irmão Rei Ricardo Coração de Leão, mas sim, a protagonista agora é a rainha Eleanor, que vê o marido, os filhos e os homens em geral como incompetentes e que quer derrubar sua própria família para se tornar a única soberana da Inglaterra e destruir o patriarcado! E aparentemente ela gosta de fazer “vuco-vuco” fora do casamento porque é... “uma mulher forte e empoderada que não deve satisfação a ninguém!!!!!!!!!!” HAHAHAHAHAHAHAHAHA

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    1. Gronark, o Senhor do "Amor"24 de novembro de 2025 às 11:20

      Olha, se o Vox Machina já não é tão bom, essa animação nova consegue ser ainda pior. E o cenário em si é bizarro, porque há tieflings, minotauros e outros monstros andando normalmente pelas cidades sem ninguém nem questionar. Sério, tem um bordel gerenciado por uma tiefling prostituta, que tem clientes tanto homens e mulheres, e que faz um musical dizendo que “todos podem ser e fazer o que quiserem”. E filha dela literalmente cria um dildo usando magia pra atacar pessoas. Só a dupla do mago mendigo e a ladra goblin é que se salvam nessa história.

      Quanto a série nova do Robin Hood, eu quase fiz o erro de colocar pra ver o 1º episódio junto com a minha esposa e meus filhos, porque pensei que ia ser uma história de aventura. Eu dei sorte porque o Rafa me avisou que era uma bomba e pude ver o 1º episódio antes pra julgar por mim mesmo. Eu tenho esse costume de ver as coisas antes de mostrar pros meus filhos, mas essa do Robin eu quase deixei passar porque eu pensei que ia ser leve, mas não, o negócio é quase um Game of Thrones/Bridgerton com cenas de sexo explicito em cada episódio. E pra piorar essa série tem tudo de errado nas histórias atualmente. É como se os roteiristas seguissem um checkbox na hora de escrever a história.

      Eu só estou vendo essa série pra dar risada e por causa do Frei Tuck, que incrivelmente é um exemplo de bom cristão que tenta mostrar ao Robin e seu grupo que eles precisam combater a tirania com justiça, mas não caírem na tentação do ódio e da vingança, mas duvido que ele continue assim por muito tempo.

      O que eu quero é dizer usando essa série do Robin Hood e do Might Nien é que agora, a mídia em geral tá tentando “glorificar” certas deficiências mentais, retratando pessoas autistas ou com esquizofrenia como se não precisassem de ajuda e que possuem super-poderes. Eu tenho certeza de que estão fazendo isso usando o escudo do “Amor & Diversidade” apenas pra passarem leis que diminuem o auxilio dos governos para pessoas que possuem essas deficiências.]

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    2. Gronark, me impressiona o quanto de porcaria que você consegue vomitar! Mas seus planos irão fracassar, as pessoas já abriram os olhos e suas conspirações não funciona na luz.

      [Sinceramente, essa bizarrice do Vox Machina é tão bizarro que daria para se passar por uma paródia woke. Eu mesmo já pensei em post sobre um grupo woke que se auto-considera super-poderoso e com o critério de entrada a vitimização. Parece que tão levando a ideia a sério.

      Quanto a Robin Hood, graças a Deus, eu vi críticas no Twitter e passei longe. Não me machuca pessoalmente, pois nunca tive nenhuma relação sentimental com esse personagem. Mesmo assim expõe o método desse povo, a destruição sistemática de ícones através da parasitação.]

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    3. Pelas minhas barbas... Não há limites para a podridão e imundice moral de seus servos. Eu já conhecia a trupe de gigo@os e “moças de família” de Might Nien por ter lido anos atrás um pouco a respeito, mas confesso que mesmo eu, um veterano da guerra contra o “amor”, fiquei horrorizado com o que fizeram com o clássico Robin Hood.
      (Em relação a Might Nien, na época quando ouvi falar e procurei saber um pouco mais, fiquei bastante impressionado; eu já conhecia o grupo do Vox Machina, e na época me indignava como eles conseguiam representar magistralmente tudo o que havia de ruim, errado e torpe em uma aventura de RPG. Mas quando li sobre Might Nien, notei, com muita clareza, que eu não havia feito inicialmente mal juízo dos jogadores de Critical Role ou de Mercer, que permitia e incentivava aqueles comportamentos deploráveis em uma mesa. Might Nien, em minha opinião, reúne tudo o que pode haver de asqueroso em um ser humano, e não me refiro a ímpetos ruins ou impróprios, que muitos possuem e acertadamente buscam controlar e superar. Might Nien traz toda essa decadência à tona, e ainda tenta vende-la como algo “legal e engraçado”. É deplorável ver que hoje essa será a referência básica de uma pessoa que não conhece RPG e se interessa em saber como é.
      Sobre Robin Hood, por um lado, sei que essa blasfêmia será esquecida e enterrada como a sequência de Willow (obra pela qual tenho enorme apreço). Mas por outro, não deixa de ser revoltante ver a audácia dessa corja W@ke em querer profanar tudo o que há de clássico e bem feito. O filme de Kevin Costner, para mim, era irretocável. Eu gostava muito de todos os personagens, especialmente do mouro interpretado por Morgan Freeman. Gostei muito também da versão mais nova, onde Russel Crowe interpretou o protagonista. Este segundo, em especial, apresentava várias dinâmicas de um grupo de aventureiros, como a questão de se fazer turnos durante a noite. Foram filmes diferentes, mas que representavam muito bem a história. No entanto, este excremento que foi feito agora serve apenas para tentar captar os órfãos depravados e pervertidos de Games of Thrones e pessoas dessa estirpe. E como “bônus”, tentam destruir uma bela história.
      O que há em comum nessas duas “obras” é que ambas enaltecem o comportamento promíscuo, egoísmo, falta de caráter e destroem o ideal do que um homem e uma mulher realmente devem ser. Como parte do pacote, há subtextos enaltecendo valores de adentes e sistemas que os defendem, ao mesmo tempo em que criticam (abertamente ou não) instituições que prezam pela moral e bons costumes. Cada um a sua forma.
      Algo que você disse que faz muito sentido é a forma como retratam pessoas com condições especiais. Isso não é apenas para se criar uma imagem fantasiosa e perigosa para incentivar essas pessoas a “acreditarem em si mesmas”. Isso é feito para se criar a ideia de que pessoas com esses tipos de problema não precisam de nossa ajuda, de modo que governos ligados a ideologias esqu@@distas possam cortar verbas de entidades que cuidam de pessoas nessa situação. Tudo em nome da “inclusão e do amor”. O que estão fazendo é hediondo, não há outra palavra para descrever isso.
      Por isso, é imprescindível que estejamos sempre perto dos mais jovens, educando, orientando e protegendo. Acredito fielmente que as coisas melhorarão se fizermos nossa parte, mas antes disso, infelizmente sinto que ainda teremos uma longa guerra pela frente).

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    4. De fato, irmão Sonhonauta, é impressionante o quão baixo os servos de Gronark conseguem chegar em nome do "Amor". Mas a Verdade há de prevalecer.

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