Saudações, guerreiros da Luz
Apesar de não ter sido a única
influência que D&D recebeu nas forjas de sua criação, é difícil discutir
que a obra de Tolkien forneceu os principais pilares deste nobre jogo. Sim,
hoje ele está destruído, mas para nós, que crescemos com o verdadeiro D&D,
ele nunca morrerá, independentemente de quantas novas versões subversivas sejam
inventadas por mentes perversas e incompetentes.
Em termos de classes de
personagens, uma daquelas que podemos dizer ter sido totalmente baseada no
trabalho de Tolkien foi o Ranger. Na versão revisada do AD&D, surgiu o
ranger utilizando combate com duas armas, como uma forma de honrar o saudoso
Drizzt, que ao menos na ficha de personagem, era um ranger. Mas a base do personagem sempre
foi, e sempre será, Aragorn.
O que trago aqui é uma adaptação
simples que fazíamos em nossa mesa de jogo, utilizando o Ranger de D&D
3/3.5 sem magias ou combate com duas armas/arquearia. Na época de D&D 3.5,
o sistema já estava começando a ser “infectado” pela síndrome dos MMOs, e
apesar da classe estar bem alinhada em termos de performance, já abriu as
portas para o sofrível “ranger ladino”, uma distorção do que o Ranger
realmente é. O "ranger ladino", normalmente um arqueiro nos moldes de WoW, pode ser um excelente scout, mas não um ranger como Aragorn ou o que tínhamos em
AD&D, que era um híbrido muito bem elaborado de guerreiro e druida. De qualquer forma, as mudanças são
simples, e usam como base o próprio Ranger do Livro do Jogador 3.5:
RESTRIÇÕES
- Não recebe magias
BENEFÍCIOS
- Dado de Vida: d10
- Nos níveis 4, 8, 12 e 16
(níveis em que o ranger receberia novas magias), o ranger recebe um talento, que não precisa ser retirado da lista de talentos do guerreiro. Se achar pertinente, o jogador pode, por exemplo, escolher talentos como Foco em Perícia*.
- Como opção, o jogador pode trocar os talentos de estilo de combate pelos
talentos Foco em Arma (arma de duas mãos), Ataque Poderoso** e Trespassar.
** Como esse já era um talento
forte na versão 3.0, e na versão 3.5 ficou extremamente desequilibrado,
inviabilizando, em termos de eficiência, o uso de qualquer outro estilo de
combate, utilizamos em nossa mesa a versão original do talento.
É possível fazer uma adaptação mais complexa, mas em termos de regras, quanto mais objetivos e simples pudermos ser, melhor para todos. Em D&D 3.5 há um suplemento chamado "Mestres Selvagens, com talentos interessantes que podem ser utilizados, mas em meu grupo, utilizamos apenas os 3 livros básicos, e funcionou muito bem.
Para aqueles que jogam D&D 5e e desejam um
ranger mais próximo do seu conceito original, meu primeiro conselho é migrar
para D&D 3.5. Como o ranger de D&D 5e é muito dependente de magias, a adaptação seria desgastante e o resultado, nem sempre satisfatório. Fora que em D&D 3, todas as classes são melhor caracterizadas e equilibradas. Há desafio real nas aventuras e a emoção que sentimos quando lemos livros como O Senhor dos Anéis, onde os personagens são heróis competentes, mas não super-heróis ou semideuses. E
como mencionei em outros pergaminhos (ver marcador “D&D 3” e “D&D de
Valor”), o sistema é na verdade mais simples do que D&D 5e, pode ser
baixado de graça e incentiva muito mais o trabalho em equipe e estratégia no uso
de recursos.

É você mesmo, Caolho? Pensei que você tivesse sido morto junto de todos os seus seguidores patéticos quando o Rato Chifrudo fez uma vermintide em Asgard. Aposto que usou todos ao seu redor como isca para poder escapar enquanto todos eram devorados vivos, HAHAHAHAHAHA
ResponderExcluirQuanto a classe ranger, agora não é mais inspirada em figuras como Aragorn, Montolio ou Halt, que eram símbolos de honra, valor e sacrifício. Agora Vex'ahlia é o símbolo máximo da classe, uma meio-elfa que odeia tudo e a todos, que detesta quem discorde dela e que apenas pensa em si própria além de estimular comportamentos vergonhosos. Essa sim é a ranger com que todos querem jogar hoje, HAHAHAHAHA
O ranger, e qualquer classe no novo D&D, pode fazer tudo de tudo, desde conjurar magia até lutar. Exatamente aquilo que meus Bruxos da costa defendem que “qualquer um pode ser e fazer o que quiserem”, desde que não seja algo conservador! Aceite o novo D&D e a Romantacy, Caolho e talvez os ratos te deixem em paz, HAHAHAHAHAHA
(O grupo onde eu jogo usa algo similar, porque tanto o ranger quanto paladino, não usam magia. E usamos também outros estilos de luta além do combater com duas armas e arquearia. As diferenças entre a sua variante e a que usamos é que na nossa os talentos adicionais devem ser relacionadas ao estilo de luta escolhido ou que aprimorem as capacidades do ranger. Mas a diferença real mesmo é que na nossa o ranger começa com o companheiro animal logo no 1º nível e ele é tão bom quanto do druida. Isso foi feito porque o pessoal achava estranho ganhar um animal do nada e não se apegava tanto a ele.
Na campanha que eu jogo houve inúmeros rangers, mas alguns se destacaram mais. Como o príncipe Adnan (que era conhecido como Ra's Al-Assad), o anão Dorgin Machado Rubro (que foi membro do grupo que enfrentou Tiamat na aventura “Mão vermelha da Perdição”), a humana amazona Valeria (que praticamente era inspirada numa mistura de Amazona do Diablo 2 com Xena e participou das aventuras “Escravagistas” (Slavers) e Expedição ao Castelo Greyhawk junto com o Mormund) e o ciclope Rhorrn (que é inspirado no ciclope Rell do filme “Krull” e participou da aventura “Era dos Vermes” e que há um tempinho enfrentou o Archaon junto do seu grupo).
Sim, Cão do Abismo, sou eu mesmo. Será preciso muito mais do que seus ratos, demônios, atiradores, abusadores de inocentes, magos supremos e bruxos vermelhos para destruir os guerreiros da Luz. Continue jogando o que tem de pior contra nós, maldito, mas no fim, a Verdade prevalecerá e você e toda sua corja serão varridos de volta para o abismo de onde jamais deveriam ter saído!
ExcluirVex'ahlia não é e jamais será uma verdadeira ranger. É apenas (mais) uma Mary Sue mimada, raivosa e "empoderada", que carrega um arco nas costas e tem um pokemon de companhia. Personagens como ela jamais ofuscarão o legado de Aragorn, Montolio e Halt (eu havia me esquecido dele, foi bom você ter mencionado).
(Em meu grupo antigo estabelecemos que os talentos bônus do ranger sem magia deveriam ser usados para melhorar ou suas habilidades de rastreador ou capacidade em combate. A ideia de atribuir o companheiro animal desde o início também é interessante.
E falando em interessante, gostei dos rangers que mencionou de suas campanhas. No outro blog, lembro de você ter descrito Adnan; este é um conceito de personagem que sempre quis fazer para jogar, mas que a oportunidade acabou não surgindo).
Nós também temos uma versão do ranger sem magias, que é até popular na minha mesa.
ResponderExcluirEngraçado como a experiência de D&D muda entre mesas diferentes. Quando jogávamos na 3.5, tínhamos house rules que dificultavam o ataque, mesmo um guerreiro de nvl 5 ainda tinha dificuldade de acertar oponentes. Disso, o talento Ataque Poderoso era praticamente descartado entre os jogadores.
Muito interessante essa regra. Na minha época, cogitei usar a regra de AC do antigo Star Wars RPG, onde a defesa do personagem aumenta com o nível (o que é realmente natural). No fim, para não complicar, abandonei a ideia, mas essa medida realmente colocaria um fim no "reinado" do Ataque Poderoso.
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