quinta-feira, 5 de outubro de 2023

D&D de Valor: Lord of the Rings 5e - Classes de Personagens

Saudações, guerreiros da Luz.

Uma vez que empresas corruptas como AMamon e a Warlocks of the Coast continuam a se empenhar na degeneração do trabalho do mestre Tolkien, considero importante todo e qualquer esforço para destacar e valorizar boas representações do legado do nobre professor. Por isso, continuarei compartilhando aqui certos pergaminhos que consegui salvar dos antigos Salões de Valhalla.

Em termos de respeito, o trabalho feito em Lord of the Rings 5e da Free League Publising, mostra o desejo sincero honrar o legado de Tolkien, trazendo um RPG de qualidade e sem panfletagens. Comecemos então conhecendo um pouco mais das classes de personagens que o livro traz.

Aqui as classes recebem o nome de “Callings” (Chamados) e o termo não é escolhido por acaso, ou para meramente enfeitar. Em respeito à obra de Tolkien, todos os personagens aventureiros são heróis, pessoas que, por uma razão ou outra, declararam guerra à Sombra. Diferente dos personagens egoístas e inconsequentes que proliferaram nos streamings de RPG nos últimos anos, os aventureiros na Terra-Média, mesmo imperfeitos, se propõem a serem heróis e fazer a coisa certa. O que é louvável, e uma das razões pelas quais recomendo esse jogo como porta de entrada no hobby para crianças um pouco mais velhas.

No entanto, vale ressaltar que a Terra-Média é um local de sabedoria. E como forma de representar isso, cada classe de personagem possui um chamado Shadow Path (Caminho da Sombra), que, não por acaso, transforma a maior virtude da classe em um defeito quando o personagem fica exposto demais à maldade e corrupção da Sombra e deixa o caminho da Luz, seja por ter seu coração endurecido ao ver tanta maldade, ou por se deixar corromper com promessas de poder. Um toque realmente interessante em termos de Roleplay, e que faz todo sentido dentro de um jogo ambientado na Terra-Média. Em relação às classes, cada uma possui dois arquétipos, e mesmo voltadas para a Terra-Média, representam muito bem os arquétipos clássicos da fantasia mesmo fora da obra de Tolkien.

CAPTAIN: O capitão, em termos de D&D, é basicamente um paladino. Muito bem construído, mecânica e ideologicamente. Ele é um líder bastante eficiente e combatente respeitável, protegendo seus aliados contra os poderes da Sombra e assumindo a linha de frente em qualquer combate.  Um de seus arquétipos, o Chieftain, é mais indicado para forçar o inimigo a atacar o Capitão de modo a manter seus aliados mais protegidos, enquanto o outro, Thane, é mais focado em coordenar seus aliados em batalha. Os melhores exemplos (puros) dessa classe nos livros de Tolkien são Elendil, Gil-Galad e Imrahil. Seu Shadow Path se chama “Lure for Power”, onde o personagem corrompido deixa de liderar para promover o bem maior e justiça e começa a desejar o poder como um fim em si próprio.

CHAMPION: Champion é o clássico guerreiro de D&D. Um combatente inigualável e mestre de armas realmente eficaz. Seus dois arquétipos são o Slayer, que é um combatente corpo-a-corpo praticamente insuperável dentro de sua área de atuação, e o outro é o Sharp-Shooter, um guerreiro com formidáveis habilidades com armas de alcance como arcos longos. Aqui temos os clássicos Gimli, Legolas, Bard, Boromir e tantos outros personagens icônicos dos livros. O Shadow Path do Champion chama-se Curse of Vegeance, onde o guerreiro, tomado pela fúria, deixa de usar sua força para proteger e passa a usá-la apenas como instrumento de destruição.

MESSENGER: De todas as classes do livro, esta é a mais difícil de se estabelecer um paralelo com os arquétipos clássicos de fantasia. Dedicados a levar mensagens importantes onde elas precisam chegar, e a saber lidar com virtualmente qualquer tipo de problema, essa classe híbrida lembra muito o Bardo, apesar de ter habilidades ladinas e de deslocamento superior, semelhante aos bárbaros de D&D. Além disso, eles podem emular habilidades conjuradoras escolhendo certas habilidades especiais (chamadas Crafts) podendo assim ocupar relativamente bem qualquer papel no grupo de aventureiros. Seus dois arquétipos são Consellor, que seria uma espécie de bardo ainda mais especializado em perícias sociais e com habilidade de prestar auxílio de forma bastante efetiva dentro de combate, e o Herald, que seria basicamente um Skald, muito eficiente em combate. Personagens como Hirgon e, de um lado negativo, Grima Lingua de Cobra, são exemplos dessa classe na obra clássica. Seu Shadow Path chama-se “Wandering Madness”, onde o Mensageiro deixa de lado seu dever e passa vagar como um andarilho a esmo, se “perdendo na estrada” não apenas metaforicamente.

SCHOLAR: A Terra-Média é um local de magia poderosa, mas sutil. O Scholar representa a classe conjuradora neste sistema, e impressionantemente, cumpre muito bem o papel que um mago, clérigo, bardo ou druida ocupariam em um grupo. Com habilidades mágicas sutis (semelhantes às habilidades de Bardo no D&D) e uma seleção grande de Crafts (Crafts, como veremos em outro momento, são as “magias” em LotR 5e), é possível personalizar o Scholar de muitas formas diferentes, e todas, sem exagero, são eficientes e interessantes de se ter em jogo, mesmo que não sejam visualmente tão exuberantes quanto os conjuradores de D&D. Seus dois arquétipos são Healing, focada na cura (eficiente, mas não necessariamente mágica) e Lore, focada no uso de perícias de conhecimento e melhoria de suas “habilidades bárdicas”. Uma vez que a classe engloba sábios e artífices excepcionais, alguns exemplos de Scholars que temos na literatura de Tolkien são Celebrinbor, Galadriel e Círdan. O Shadow Path da classe chama-se Lure of Secrets, onde o Scholar começa a se deixar corromper pela obsessão em descobrir segredos, especialmente os ligados aos Poderes Sombrios.

TREASURE HUNTER: Da mesma forma que o Captain e Champion personificam com perfeição o paladino e o guerreiro, o Treasure Hunter é a encarnação do ladino. Um verdadeiro mestre de perícias e furtividade, é um personagem inestimável nas muitas ocasiões em que o problema precisa ser resolvido com sutiliza e discrição. Seus dois arquétipos são o Burglar, que possui habilidades impressionantes para pegar coisas sem ser notado e para se esconder, e o Spy, que recebe bônus para perceber detalhes que passariam desapercebidos por outros e é capaz de utilizar o ataque furtivo da classe de forma ainda mais mortal e eficiente. Um exemplo bastante claro da classe está no célebre Bilbo. Em relação ao Shadow Path, o do Treasure Hunter se chama Dragon-sickness, onde o personagem fica cada vez mais apegado e obsessivo aos itens e tesouros que encontrou em sua jornada.

WARDEN: Uma das mais icônicas classes em O Senhor dos anéis, o Warden representa perfeitamente o arquétipo do Ranger. É fascinante notar como essa classe consegue realmente representar o ranger clássico com maestria, coisa que D&D 5e falhou miseravelmente em fazer desde 2014 e até agora ainda não conseguiu corrigir. Combatentes extremamente eficientes, especialmente contra os servos da Sombra e no ermo, Wardens são inestimáveis em um grupo também por conta de sua habilidade em seguir rastros, encontrar caminhos e guiar um grupo por territórios hostis (coisas muito presentes na obra de Tolkien, e que são bem exploradas neste jogo). Seus dois arquétipos são Forayer, especializado em montar emboscadas, e Hunter, focado em exterminar os servos do Inimigo. Desnecessário dizer, Aragorn e Halbard são exemplos perfeitos dessa classe. O Shadow Path da classe chama-se Path of Despair, que ocorre quando o Warden começa a questionar sua missão e sua capacidade de proteger inocentes diante do aparentemente avassalador poder da Sombra.

Finalizando, as classes em LotR 5e cumprem muito bem os papéis aos quais se propõem. Elas não são tão poderosas quanto suas contrapartes de D&D 5e (não apenas porque avançam apenas até o 10º nível, mas porque são muito mais “sóbrias” e focadas em cumprir um papel), mas isso apenas as torna ainda mais especiais. A magia nesse jogo é algo realmente extraordinário, ao contrário de D&D 5e onde todos as conjuram, e exige do jogador criatividade e imaginação para que seus efeitos sejam realmente bem aproveitados. Um excelente trabalho, que deveria servir de exemplo para os cultistas da Paizo, WotC, Kobold Press e tantos outros gigantes da área.

4 comentários:

  1. Gronark, o Senhor do "Amor"6 de outubro de 2023 às 10:26

    As obras e o legado de Tolkien pertencem aos meus servos agora, Senhor dos Tolos! Não irá demorar para que os livros do professor sejam “reescritos” para se adequar as “sensibilidades modernas”, tudo isso com a autorização de Simon Tolkien! Estou aguardando ansiosamente para ver quais atrocidades irão fazer com a Terra Média na 2º temporada de “Senhores do Lacre” e a animação “Guerra das Feministas de Rohan”. Mas eu espero mesmo é para ver “Narnia” da Merdflix, que quem lidera o projeto é a mesma feministóide do filme Barbie. Vai ser um verdadeiro pesadelo, HAHAHAHAHAHAHA

    (Eu particularmente gostei dessa adaptação feita pela Free League Publising, mesmo que seja muito difícil de adaptar para outros cenários padrões. Um cenário bem legal que dá pra usar essas regras é o de Eredane do cenário de campanha “Midnight” (que é um dos meus cenários favoritos), que praticamente é uma “Terra Média em que Sauron venceu”. Eu gosto desse cenário pelo fato que, diferente da Terra Média, ele funciona melhor como cenário para jogos, onde os heróis tem mais oportunidades para enfrentar a sombra, além deles realmente estarem em uma situação desesperadora e seus esforços realmente serem necessários. Dê uma olhada nesse cenário alguma hora, ele é muito bom.)

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    1. Tolo demônio, o legado de Tolkien e Lewis está guardado contra a perversão de seus servos. O pesadelo que estão fazendo com essas obras não passa disso: Pesadelos. No fim, no mundo real, o que permanece intocado e imaculado são os livros e outros escritos desses sábios homens!

      (Também gosto muito do trabalho deles, e sendo honesto, foi a primeira boa impressão que tive de D&D 5e desde que o sistema saiu. Mas também concordo que a Terra-Média (especialmente a Terceira Era) é um local difícil de se ambientar boas histórias de RPG. A Free League fez um ótimo trabalho com duas aventuras prontas que vi, mas ainda assim, é difícil fazer longas campanhas em um cenário onde a maior das histórias já foi contada. Não é impossível, mas difícil. Além disso, as classes e mecânicas de magia não funcionariam tão bem em cenários de alta fantasia.

      Eu nunca havia ouvido falar de Eredane, e pelo que disse, parece o tipo de cenário que eu realmente apreciaria. Vou buscar mais a respeito. Agradeço pela indicação).

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    2. Gronark, o Senhor do "Amor"9 de outubro de 2023 às 11:08

      Mas o pesadelo é real, Senhor dos Tolos! Meus servos se esforçam todos os dias para transformar a realidade em um reflexo destorcido do “Xwitter” e outros ninhos cheios de ideias horríveis mascaradas de “progressismo”!

      Você deve ter percebido que começou a trabalhar mais para pagar mais impostos, e agora irei lhe dizer o motivo. O Grande Bruxo “emprestou” 1 bilhão de doletas para o reino vizinho que também é assombrado pela estrela vermelha. Dinheiro esse que foi acumulado através de pesadas taxas impostas ao povo e que poderia ser usado para ajudar esse reino amaldiçoado, mas nós sabemos que foi tudo para que o “amor” vença as eleições no reino aqui do lado, certo? HAHAHAHAHAHA

      https://www.cnnbrasil.com.br/economia/entenda-o-emprestimo-de-r-1-bilhao-para-argentina-a-meses-da-eleicao-avalizado-pelo-brasil/

      Trago um vídeo do meu cultista Garibay! Aqui ele fala exatamente aquilo que profetizei sobre que “os verdadeiros jogadores de D&D serão aqueles que tiverem uma conta no D&D Beyond”! O melhor de tudo é que ele diz que quem não tem uma conta no programa dos meus bruxos DEVE PARAR de jogar D&D porque não sabe o que D&D é! Uma verdade absoluta ao meu ver, já que como foi dito pelos meus cultistas da editora: “D&D só existe depois de 2014, e tudo que é anterior é material retrógado e que precisa ser esquecido ou reescrito”. Graças a inúmeros Garibays, os meus cultistas nunca irão passar fome, HAHAHAHAHAHAHAHA

      https://www.youtube.com/watch?v=ukfGXrINqRA

      Falando nos meus Bruxos da Costa, agora eles irão remover a palavra “bruxa” por considerar “ofensiva” a certas pessoas, e também estão considerando remover os “druidas” e “xamãs” também. Tudo isso para deixar o jogo mais “inclusivo” e “diverso”. Os meus cultistas conseguiram “cancelar” a tola Selwyna igual aos ratos que “cancelaram” o caolho do Odin, HAHAHAHAHAHAHAHA

      https://www.youtube.com/watch?v=x3s8KSzGMq8

      (A cada dia que passa o D&D e a cultura em geral afundam mais um pouco no Abismo. Eu terminei de ver a Roda de Sodoma e foi horrível o final. Praticamente o Rand foi completamente castrado no último episódio, sendo manipulado e salvo pelas mulheres sem fazer nada. O Ishmael nem quis lutar e praticamente se deixou ser morto, sem falar que a Egwene conseguiu lutar de igual pra igual com ele, coisa nem acontece nos livros e na história original, o Rand quase se mata pra conseguir parar o “amaldiçoado” e eles nem tem a batalha épica no céu. O Perrin foi outro emasculado, e deixaram ele num verdadeiro bobão incapaz de fazer qualquer coisa certa e que é um desiquilibrado metal. Além disso, deram a entender sutilmente que é tóxico um homem lutar, porque no livro, um dos símbolos do personagem é o machado, mas na série, toda vez que o Perrin pega o machado, ele enlouquece, mata todo mundo e depois fica se remoendo de remórcio. O Mat Cauthon (o meu personagem favorito) foi o que mais sofreu, praticamente transformaram ele num covarde, traidor e tolo, sendo que no livro ele é um dos mais corajosos e audaciosos personagens, sempre sendo um jogador e estrategista nato. Tem mais loucuras que fizeram, mas nem vale a pena falar.

      No vídeo que fala sobre remover as palavras, “bruxa”, “druida” e “xamã”. Eu não duvido que removam o “monge” e o “clérigo” com o tempo. No fim, eles irão criar o “mago branco” e remover todos os deuses de D&D e transformar a magia divina em “magia que cura”. Mas o mais engraçado foi a parte da doida falando que o King Kong é racista, olha o vídeo até essa parte veja a loucura. O engraçado é que a guria doida fala “Se você não vê racismo no King Kong, então você é burro e não deve escrever nada que contrarie isso.” No fim essa galera se ofende com qualquer coisa, e é essa gente que a Wizards quer.)

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    3. Entre todas as tolices que você e seus cultistas propagam, demônio, a maior e pior de todas é que vocês podem fazer o que desejarem sem ter que lidar com consequência alguma. Seus cultistas da Estrela Vermelha já estão perdendo poder e apoio por mais que se esforcem para criar "pactos" já que são extremamente desorganizados e mesmo os mais alienados estão percebendo que estão pagando mais impostos. Seus tenentes Supremos estão agora se encolhendo por conta da retaliação que finalmente estão sofrendo por conta de seus abusos. E em relação a D&D, apesar da propaganda acéfala que seus servos fazem, a revolta contra sua agenda corrupta aumenta a cada dia. E cada vez que alguma alma desprovida de um mínimo de intelecto diz algo como "King Kong é racista", mais pessoas se unem para repudiá-los. Podemos ver isso nas reações contra a Roda de Sodoma e "Castlevania". Em suma, mesmo em um mundo tão carente de valores e sabedoria, seu reinado de decadência e "amor" já está ruindo.

      (Esta "Jihad semântica" da WotC fica mais ridícula e sem sentido a cada nova atualização. Mas mostra o tipo de pessoas que eles são, e o tipo de pessoas para quem estão produzindo. O mesmo vale para os criadores de Baldur's Gate III. Mas diferente da Larian, que ainda irá lucar com BG III, a WotC não conseguirá se manter no mercado de RPGs; eles não conseguirão competir com jogos realmente online e perderam de forma definitiva espaço no âmbito de RPGs de mesa. Além disso, o público "sensível" e pervertido em que a WotC está mirando não é constante a ponto de manter uma indústria funcionando e um mercado aquecido. Os jogadores capazes de fazer isso estão sendo sistematicamente afastados do hobby, e duvido que retornarão para D&D.

      Eu realmente acredito em até 2025 a WotC precisará mudar radicalmente sua postura ou enfrentar a perda completa de seu nicho de mercado. Especialmente se levemos em conta a expectativa que a Hasbro tem para os rendimentos financeiros que, em sua total e completa ilusão, imaginam que terão com D&D a partir de 2024).

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